sábado, 21 de abril de 2012

PESQUEIRO ENCONTRO DOS PEIXES - 18/04/2012



Não sou fã de pesqueiros, não vou negar. Mas às vezes algum me surpreende.
Nessa semana que passou, voltamos a um pesqueiro de Poços, após alguns anos. Desde a última visita, o pesqueiro mudou de nome, de dono, ficou melhor, mas, até por isso, vivia muito cheio, o que adiou nossa volta.
Assim, aproveitando as férias, estivemos lá durante a semana, e, como tinha pouca gente, foi possível pescar com equipamento de fly.
Desde cedo já tivemos muitas ações no hairball. O que mais atrapalhou foi o vento (sempre forte em Poços), mas quando ele dava uma trégua, era possível pescar sem jogar ceva, só no visual, arremessando o hairball em cima do rebojo e esperando a batida do peixe.
Também tivemos muitas ações em pequenos streamers e ninfas, até perdi algumas iscas.
À tarde, resolvi arriscar com streamers maiores e, não demorou muito, engatei um dourado enorme – quando o bicho pulou, pensei “f... não vou tirar...”. Ele era grande mesmo, nunca vi um dourado assim em pesqueiro, parecia um leitão. A imagem desse peixe saltando não me sai da cabeça...
Depois do susto, peguei o material antigo (baitcasting) e tentei alguns pinchos, mas não tem jeito, já não vejo muita graça nesse tipo de pescaria.
Voltei para o fly, e, já no fim do dia, depois de pegar alguns pacus e matrinxãs no streamer, entrou um belo tambaqui. 
Não dá para descrever a briga com um peixe desses com um equipamento de fly #6! Depois de muita luta, muitas tomadas de linha e de backing, o bicho se entregou: 6,5 kg na balança!
A Márcia ainda pegou uma tilápia bem grande e, pouco tempo depois, enquanto estava conversando com um amigo do outro lado do lago, ela fisgou algum monstro que levou quase todo o backing da carretilha, mas, antes que eu pudesse chegar para ajudar, escapou... ficou para a próxima vez.
Enfim, foi um ótimo dia, nunca pensei que faria uma pescaria dessas com fly em pesqueiro, e ainda perto de casa.
Já não vejo a hora de voltar.



domingo, 8 de abril de 2012

ECOPARQUE PESCA NA MONTANHA

Aproveitando nossa viagem a Campos do Jordão durante o feriado, estivemos no Ecoparque Pesca na Montanha, um lugar que queria conhecer há muito tempo.
E o que tem de especial lá? Bom, é o único lugar (pelo menos que eu saiba) onde é possível o “pesque e solte” de trutas criadas em cativeiros, e só no fly. Em todos os outros, no estilo “pesque e pague”, é preciso levar todas as trutas pescadas.
Além disso, o lugar é lindo, não dá para negar.
O parque fica perto da cidade, cerca de 40 minutos, quase todo o caminho asfaltado.
Chegando, uma surpresa nada agradável: o preço da pesca esportiva anunciada no site oficial do parque era R$ 30,00 por pessoa, e, no local, queriam nos cobrar R$ 60,00 por pessoa, o dobro.
Depois que explicamos a situação, cobraram o preço que fora anunciado no site. Menos mal.
Começando a pescaria, eu e Márcia de equipamento #6, no deque bem na chegada, um dos melhores pontos do lago, já tivemos várias ações. 
 Logo de cara notamos uma coisa, tirar as trutas da água não é fácil... além de escorregadias, elas se debatem demais, quase sempre caíam na água antes de conseguirmos fotografá-las. Um puçá certamente seria muito útil!

As iscas que mais deram resultado durante o dia foram pequenos wolly buggers e montanas com bead head. Era importante que as iscas afundassem, pois nos locais de profundidade maior, os peixes estavam bem no fundo. Uma linha intermediate ou WF com sinking tip também teria funcionado nessas situações.
Demos uma parada para almoçar quando começou a chover forte. O preço também foi salgado, R$ 48,00 por pessoa, mas a comida é ótima e à vontade. Recomendo o acarajé com vatapá de truta defumada, uma delícia!
Voltando à pesca, ficamos no deque por algum tempo. Montei meu conjunto #3, queria pegar alguma truta com ele.
Depois de insistir com buggers e ninfas, sem muito sucesso, resolvi arriscar com mosca seca, já mais para o fim da tarde.
Foi aí que a diversão realmente começou! Foram várias capturas nas light cahill, muitas delas no visual. Não sei se estava havendo eclosão de algum inseto, mas a isca fez sucesso.
Era um canto mais raso do lago, perto de uma saída de água, dava para ver as trutas caçando.

Os peixes não eram grandes, mas, no equipamento #3, foi bom demais.



 

MÁRCIA E O FLY – essa foi a primeira pescaria da Márcia com o equipamento de fly e fiquei impressionado com a sua evolução. Ela já está dominando bem o básico, fez várias capturas, inclusive a maior truta da pescaria, na mosca seca! Me deixou orgulhoso! O próximo passo para ela é dominar o double haul!


CONCLUSÃO – o lugar é maravilhoso e pescar trutas no fly (podendo soltar) é uma experiência ímpar, mas não é um divertimento barato. Com o preço atual, o dia de pescaria, com o almoço, sai mais de R$ 100,00, sem levar peixe algum.
Eu voltaria um dia? Provavelmente, mesmo por esse preço, com a diversão que tivemos, valeria a pena.
Mas, se pagasse tudo isso e não pegasse nada por lá (soube que isso pode acontecer), com certeza acharia uma m...  
 
pesca na montanha

domingo, 1 de abril de 2012

FLY - FINAL DE SEMANA PARA TREINAR OS ARRMESSOS

Ponto abaixo da barragem da repersa do cipó - local perfeito para o treino

SÁBADO - O fly é simples... o fly é complicado... o fly é belo... o fly é frustrante... adoro o fly... odeio o fly... vou vender tudo e voltar para o bait...
Essas são as coisas que já passaram pela minha cabeça enquanto tentava me entender com o equipamento de fly. O começo foi difícil, me fez pensar “onde fui me meter?”.
Mas a cada treino a coisa vai melhorando, a mente absorve o aprendizado (ao menos uma parte dele), você manda a linha cada vez mais longe, nem dá para acreditar na dificuldade do começo.
Ontem fui para a grama treinar, fazia tempo que não treinava tanto. Arremessei até fazer calo na mão e, ao final do dia, havia melhorado muito minha técnica. Havia alguns “problemas” no meu arremesso que me propus a resolver e fiquei lá até enxergar a solução.
Acho que é por isso que pouca gente se aventura nesse estilo de pesca, pois exige paciência e muita dedicação.



 
DOMINGO - Hoje voltei à represa do cipó, mas, era dia de treino para a Márcia. Foi o segundo contato dela com o fly, o primeiro não foi lá essas coisas e ela acabou desanimando.
Dessa vez foi melhor, ela evoluiu, já desenvolveu um arremesso “pescável” e se empolgou! Acho até que ela andou mais rápido que eu... a menina leva jeito! Vai longe!
No final, fomos para a água e ela pegou uns lambaris com conjunto #3, um deles na mosca seca, seus primeiros peixes no fly. Parece que alguém mais foi “picado pela mosca”!! hahaha